Biometano
Principais Indicadores Europeus
dados referentes da 2022 (Fonte: EBA Statistical Report 2023)
Na Europa, o Biometano tem emergido como um componente vital na transição energética para uma economia mais sustentável e circular. O continente europeu é atualmente o maior produtor mundial de Biometano, com potencial significativo para expansão futura. No final de 2022, cerca de 1.323 unidades de produção de biometano na UE produziram 4,2 mil milhões de metros cúbicos (bcm) de Biometano, representando 44 TWh de energia, que reflete um crescimento de quase 20% face ao ano anterior. 58% das centrais de biometano atualmente ativas na Europa estão ligadas à rede de distribuição e apenas 19% estão ligadas à rede de transmissão.
Estima-se que quase 18 mil milhões de euros de investimentos serão direcionados para a produção de biometano na Europa até ao final de 2030[1] e que a Europa será capaz de produzir 111 bcm de biometano até 2040[2], prevendo-se que os maiores produtores sejam a Alemanha, a França, a Espanha, a Itália, a Polónia e o Reino Unido.
Atualmente, os países líderes na produção de Biometano incluem a Alemanha, a França e a Dinamarca. A Alemanha é o maior produtor de biometano, onde, em 2022, se situavam 19% das centrais europeias, registando 13 TWh de produção de biometano, 1,1 TWh dos quais foram utilizados no setor dos transportes. Em 2022, de um total de 254 unidades de produção, 52 centrais estavam ligadas à rede de distribuição e 106 à rede de transporte.
França lidera em número de unidades (514 centrais de biometano ativas no final de 2022), traduzindo-se no país onde o setor do biometano tem o crescimento mais rápido da Europa, mas com uma produção acumulada menor (6,9 TWh) comparativamente com a Alemanha, por exemplo. Todas as centrais de biometano francesas estão ligadas à rede de gás: 443 estão conectadas à rede de distribuição e 71 à rede de transporte. A revisão do Plano Nacional de Energia e Clima francês, apresentado à Comissão Europeia no final de 2023, prevê a obrigação legal de 15% de biometano no consumo total de gás do país.
Já a Dinamarca tem registado um crescimento significativo, passando de 1 central em 2012 para 59 centrais em 2022, traduzindo-se em 6,7 GWh de energia produzida. Em agosto de 2023, estima-se que a quota de biometano na rede de gás dinamarquesa terá atingido 39,4% e a intenção do governo dinamarquês será aumentar a produção de biometano para um nível em que possa substituir 100% da procura de gás antes de 2030.
As políticas de incentivo variam significativamente entre os países, afetando tanto a produção quanto o consumo. Embora a Alemanha e a Áustria se tenham concentrado em subsídios para a produção de eletricidade a partir de Biometano, outros países, como a Suécia, incentivam mais o consumo, especialmente no transporte.
[1] Fonte: EBA Biomethane Investment Outlook 2023.
[2] Fonte: Guidehouse Europe & EBA Biogases towards 2040 and beyond 2024
[3] Fonte: EBA Statistical Report 2023
Os dados são referentes a 2022 (fonte: EBA Statistical Report 2023).
Biometano
Projetos de Referência
Niederndodeleben Planta (Alemanha)
Capacidade de produção: 1980 m3/h de Biometano
Quantidade de resíduos convertidos: 100 000 t/ano
Tipo de Resíduos: Silagem de milho (45%), coprodutos do setor dos vegetais (24%), polpa de beterraba (16%) e resíduos de pecuária (15%).
Woellenheim Planta (França)
Capacidade de produção: 150 m3/h de biometano
Tipo de Resíduos: Palha de milho (60%) e resíduos de pecuária (40%).
Meden Vale Planta (Reino Unido)
Capacidade de produção: 400 m3/h de biometano
Quantidade de resíduos convertidos: 49 000 t/ano
Tipo de Resíduos: Resíduos agrícolas (70%) e de pecuária (14%), águas residuais (11%) e coprodutos do setor dos vegetais (5%)
O compromisso da Floene com Comunidades mais sustentáveis